Entrevista com a Edição Extra: Moda Plus Size e Inclusão

Fonte: fornecida pela entrevistada

1. Como surgiu a ideia de criar uma marca voltada para o público feminino plus size? Qual foi a inspiração inicial para entrar nesse mercado?

A ideia de criar a Edição Extra veio da experiência da minha mãe. Ela enfrentou dificuldades para encontrar roupas elegantes quando ficou grávida de mim. Ela percebia que as opções de roupas plus size eram limitadas e muitas vezes se via forçada a usar peças masculinas ou simples camisetas. Assim, a vontade de oferecer roupas mais elaboradas para mulheres que também são plus size surgiu como uma necessidade.

2. Apesar de ainda existir um caminho a percorrer, qual a importância de ver mais representação e diversidade de corpos no universo fashion?

Acredito que a diversidade é essencial na moda. Não existe um padrão de beleza único, e cada corpo é único à sua maneira. Todos têm características distintas, como assimetrias e diferentes proporções. Por isso, respeitar e entender que cada pessoa tem sua própria silhueta é fundamental. Como somos uma multimarcas, procuramos representar a diversidade de corpos do Brasil, pois a modelagem varia muito de região para região.

3. Quais iniciativas a marca adota para promover uma moda mais inclusiva e acessível para todas as mulheres?

Nossas iniciativas incluem a variação de marcas e estilos, o que torna a moda mais inclusiva e acessível. Oferecemos uma gama de estilos—do casual ao romântico—para atender diferentes gostos e ocasiões. Acreditamos que a moda deve ser democrática, e buscamos atender a todas as silhuetas com peças que são confortáveis e que respeitam a individualidade de cada cliente.

4. Vocês perceberam que a demanda por roupas plus size cresceu nos últimos anos? A que vocês atribuem esse aumento?

Com certeza, a demanda por roupas plus size cresceu significativamente. Hoje, vemos mulheres valorizando suas silhuetas e buscando roupas que as façam se sentir bem. O aumento da conscientização sobre saúde e bem-estar também contribuiu, além de uma mudança cultural onde a aceitação de corpos diversos está se tornando mais comum.

5. Como vocês definem o conceito de beleza e estilo para a marca? Como ele é refletido nas coleções?

Nossa definição de beleza é simples: cada mulher é única e não existe um padrão a ser seguido. O estilo da Edição Extra reflete isso ao oferecer roupas que favorecem a silhueta de cada cliente. Buscamos criar coleções que sejam versáteis e que funcionem para diferentes ocasiões, sempre pensando em como cada peça pode fazer as clientes se sentirem bem e confiantes.

6. Quais foram as conquistas mais marcantes na trajetória da marca até hoje? E como isso impactou a relação com o público?

Uma das nossas maiores conquistas é ver nossas clientes felizes e seguras com as roupas que escolhem. Participar de momentos especiais, como casamentos, através das nossas peças, é muito gratificante. O carinho que recebemos das clientes cria uma relação especial e de confiança, o que nos motiva a continuar fazendo o nosso melhor.

7. Qual é o feedback mais comum que vocês recebem das clientes e como ele influencia no desenvolvimento das coleções?

O feedback mais comum que recebemos vem diretamente dos vestiários. As opiniões das clientes nos ajudam a moldar as futuras coleções, garantindo que estamos sempre alinhados às suas necessidades e preferências. Essa comunicação é vital para o nosso sucesso.

8. O que ainda falta na moda plus size para que seja realmente inclusiva e diversa?

Ainda há um longo caminho pela frente. Embora a moda plus size tenha conquistado mais visibilidade, o preconceito e a gordofobia persistem. A mudança de mentalidade é essencial, assim como o respeito pela diversidade de corpos. O foco deve ser no amor próprio e na aceitação, independentemente do tamanho.

9. Quais são os planos futuros da marca para fortalecer ainda mais a representatividade e a inclusão no mercado fashion?

Nosso compromisso é continuar a representar a diversidade em todas as suas formas. Ao criar campanhas e composições de vitrines, buscamos incluir diferentes tipos de corpos e estilos. A moda é para todos, e queremos que todas as mulheres se sintam felizes e bem-vestidas, independentemente do tamanho.

10. Acreditam que a moda plus size ainda enfrenta barreiras em comparação ao mercado tradicional? Quais são as principais?

Sim, a moda plus size enfrenta várias barreiras. A produção de peças maiores é financeiramente mais desafiadora e, por isso, muitas marcas não se arriscam. Além disso, a falta de aceitação social e o preconceito em relação a corpos plus size ainda são significativos.

11. Que conselho dariam para outras marcas sobre como abordar a diversidade de forma genuína?

O principal conselho é amar o que você faz. Trabalhar com moda plus size requer compreensão e empatia. É fundamental se conectar com as clientes, entendendo suas necessidades e oferecendo roupas que realmente as façam se sentir bem.

12. Como a marca busca inspirar e empoderar as mulheres a se sentirem confortáveis e confiantes com seus corpos?

Buscamos inspirar nossas clientes ao oferecer peças de qualidade que se adequem às suas silhuetas. Nosso atendimento é personalizado e nos esforçamos para garantir que ninguém saia da loja insatisfeito. Queremos que cada mulher sinta que a roupa que está usando comunica quem ela realmente é.